A popularização do Twitter

A popularização do Twitter





Em março de 2006, quando a Obviously Corporate fundou o site de microblogging Twitter, ninguém acreditava que uma ferramenta com número de postagem limitada (número de caracteres permitidos é bem pequeno - 140 - e parecido com as configurações de mensagens de SMS) iria se transformar no queridinho dos artistas, publicitários, designers, jornalistas e todo tipo de descolados e cools ao redor do mundo.

A possibilidade de receber instantaneamente mensagens das pessoas que você "assinou" o feed, escolheu seguir ou está sendo seguido através de email, RSS ou mesmo SMS, foi envolvendo cada vez mais os usuários, que fizeram do Twiiter um palanque de pequenas discussões diárias, "drops" rápidos, "sacadas" instantâneas ou mesmo desabafos entediantes referentes ao dia a dia dos usuários.
Imagine: você está em São Paulo e antes de embarcar pra Nova York comenta não suportar banheiros aéreos em sua página. Pouco tempo depois recebe por SMS a mensagem de um amigo seu falando dos problemas da poluição na China. Ao mesmo tempo, links de sites, caminhos para programas e softwares novos são incluídos freneticamente por geeks do Vale do Silício.
Os blogueiros envolvidos com tecnologia passaram a utilizar a ferramenta para fazer transmissões e cobertura de eventos, fato que aos poucos foi facilitando a disseminação constante do uso para fins profissionais. Não demorou para as celebridades (incluímos aí a cantora Madonna e o diretor David Lynch), os políticos (é só ver o que Barack Obama fez em sua campanha), e uma infinidade de artistas, profissionais liberais, milionários da web (o fundador do Digg.com tem um) adotarem o Twitter como arma de divulgação de seus negócios.
Outros sites como o Pownce e Jaiku prestam funções semelhantes, até mais diversificadas (o Pownce permite compartilhamento de arquivos) mas sem o mesmo sucesso e brilhantismo pop do Twitter.
Os usuários de redes sociais sempre carregaram características próprias, como, por exemplo, desconsiderar uma rede social a medida em que ela vai ficando popular. É um movimento de contradição, de aversão, o movimento do contrário.
Jornais norte-americanos passaram a convidar seus leitores a acompanhar parte de suas notícias através de seus microbloggins, o que aumentou consideravelmente o número de usuários e levou a fama do Twitter para um outro nível: o mainstream. Foi o caso do This Morning, programa tradicional da TV inglesa que fez matérias sobre as características do site, convidando os espectadores a seguir o âncora do jornal diário.
É questão de tempo para que sua mãe ou seu pai passem a divulgar suas aventuras diárias em comentários rápidos e cheios de humor em seus profiles customizados com referências kitsch, pré-moldadas em outros sites que sobrevivem de ajudar na confecção de profiles "cool", divulgados e copiados por milhões ao redor do mundo.
Em um ano, o Twitter pulou no ranking mais ou menos duas mil posições, alcançando um considerável posto 291 e com crescente possibilidade de entrar no top 50 em breve.
Facebook, MySpace, Orkut, Hi5, entre outros, estão se tornando tediosos, e com o número crescente de amigos desconhecidos, curiosos pedindo autorizações e fazendo perguntas estranhas, momentos de diversão e discussão são diminutas a cada segundo no plano virtual, tornando o Twitter uma boa opção para os cansados dessa rede complexa.
Mas o Twitter não vai se tranformar em algo parecido? Provavelmente, daí é só migrar novamente para o Orkut, MySpace e Facebooks da vida, ou outras tantas redes sociais pouco conhecidas com funções de direcionamento mais definidas para um público específico (Virb, Jungo e Deezer, por exemplo).

Quem quiser me seguir no Twitter: Meu Twitter

Fonte : olhar digital